quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Primeira Coletiva de Vanderlei Luxemburgo como técnico Grêmista

Vanderlei Luxemburgo foi apresentado oficialmente como técnico do Grêmio na manhã desta quinta-feira, e enganou-se quem imaginou que o treinador estaria abatido após a demissão no Flamengo. Com discurso enfático, ele fez um desabafo pessoal e já anunciou que o projeto principal para o qual foi cotratado é o de recolocar o Grêmio na Libertadores da América. Indagado sobre a falta de grandes títulos recentemente, ele não hesitou em defender os títulos estaduais ganhos nos últimos anos - por Santos, Atlético-MG e Flamengo - e exaltou o fato de ter levado os clubes que treinou à principal disputa sul-americana. "O cara me cobra que estou sem ganhar... Se pegar os últimos anos, aqui, as pessoas confundem projeto com títulos. Título pode ser um castelo de areia. O único clube que não coloquei na Libertadores foi o Atlético-MG. E é a minha obrigação com o Grêmio, é o caminho que o Grêmio tem. Minha obrigação é colocar o Grêmio na Libertadores, colocar o Grêmio nas melhores competições da America do Sul", disse. A última taça não estadual de um time comandado por Luxemburgo foi a do Brasileiro de 2004, com o Santos. De lá para cá, ele passou rapidamente pelo Real Madrid, foi campeão paulista com o próprio Santos duas vezes, 2006 e 2007, com o Palmeiras em 2008, mineiro com o Atlético-MG em 2010 e carioca com o Flamengo em 2011. O 'jejum' de sete anos foi inimizado por ele. E a resposta sobre o assunto veio acompanhada por um desabafo. "Ganhou o Carioca invicto, mas não presta. Para todo mundo presta, para o Luxermburgo, não. Porque para ele tem que ser Brasileiro", disse. "Eu vim para o Grêmio com vontade, está piscando, estou com vontade de ganhar", seguiu. Sabedor da rivalidade ainda mais acentuada no Rio Grande do Sul por conta da concentração praticamente meio a meio de tricolores e colorados, Luxemburgo aproveitou para elevar o valor do estadual e projetou a conquista pelo Grêmio. O time está nas semifinais da Taça Piratini, o primeiro turno do Campeonato Gaúcho. "Pela rivalidade, ganhar o Gaúcho vai ser muito grande. Temos a mania de depreciar e não enaltecer. Futebol depende da bola bater na bunda do cara e entrar, bater na cabeça do goleiro. Em uma fração você ganha ou perde. Minha história é cheia de conquistas. Quem fica chateado é quem ainda não chegou a lugar nenhum. Não me incomoda. Ganhar o título, seja qual for, é muito importante. Ruim deve ser para o cara que nunca colocou a faixa no peito", encerrou.

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